sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Iluminismo e a Revolução Francesa


Rousseau - filósofo iluminista
Jean Jacques Rousseau: um dos principais filósofos do iluminismo






Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade.
Os ideais iluministas 
Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé. 
Século das Luzes
A apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil. 
Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero. 
Os burgueses foram os principais interessados nesta filosofia, pois, apesar do dinheiro que possuíam, eles não tinham poder em questões políticas devido a sua forma participação limitada. Naquele período, o Antigo Regime ainda vigorava na França, e, nesta forma de governo, o rei detinha todos os poderes. Uma outra forma de impedimento aos burgueses eram as práticas mercantilistas, onde, o governo interferia ainda nas questões econômicas. 
No Antigo Regime, a sociedade era dividida da seguinte forma: Em primeiro lugar vinha o clero, em segundo a nobreza, em terceiro a burguesia e os trabalhadores da cidade e do campo. Com o fim deste poder, os burgueses tiveram liberdade comercial para ampliar significativamente seus negócios, uma vez que, com o fim do absolutismo, foram tirados não só os privilégios de poucos (clero e nobreza), como também, as práticas mercantilistas que impediam a expansão comercial para a classe burguesa. 
Principais filósofos iluministas 
Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismoVoltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a idéia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d´Alembert (1717-1783), juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.

Guerras dos Sete Anos

Guerra dos Sete Anos: O conflito entre as grandes monarquias européias que marcou o fim da Idade Moderna.

A Guerra dos Sete anos foi um conflito travado entre diversas monarquias nacionais européias em torno do controle de regiões de exploração colonial. Um dos lados dessa guerra era liderado pela França que, com o apoio militar dos austríacos, procurava rivalizar contra a supremacia exercida pelos britânicos nas regiões da América do Norte e na Índia. Além disso, esse mesmo conflito também foi marcado pelas disputas hegemônicas entre os Estados do antigo Sacro-Império Germânico. 


Em um primeiro momento desse conflito, os exércitos prussianos realizaram uma aliança militar com a Inglaterra, que fazia franca oposição ao apoio que os austríacos tinham por parte das forças francesas. Ao mesmo tempo em que esses exércitos se enfrentavam dentro da Europa, França e Inglaterra promoviam conflitos paralelos pelo controle de regiões da América do Norte, Índias Ocidentais, Índia, África, Mar Mediterrâneo, Canadá e Caribe. 

A fase colonial da guerra teve início com a invasão francesa à ilha britânica de Minorca, ocorrida em 1756. As ações tomadas pelos franceses foram contra-atacadas pelas poderosas tropas inglesas, que realizaram o bloqueio britânico nas regiões de Toulon e Brest. Depois de sucessivas vitórias, os ingleses conquistaram as regiões de Quebéc, Montreal, Cabo Bretão e Grandes Lagos. Na África, conseguiram derrubar o controle francês em Senegal e Gâmbia. 

A derrota dos franceses foi completada com a entrada da Espanha, que conseguiu tomar a região da Louisiana do Império Colonial Francês. A vitória britânica nesse conflito acabou realizando uma grande transformação no cenário colonial norte-americano. Inicialmente, os britânicos passaram a enrijecer suas relações com os colonos norte-americanos com a cobrança de impostos e a limitação na exploração das terras conquistadas. 

Além disso, o acordo empreendido entre as poderosas nações envolvidas nesse conflito garantiu à Rússia e à Prússia o controle político sobre algumas regiões do Velho Continente. Em contrapartida, O Império Austríaco perdeu sua posição hegemônica entre os fragmentados Estados Germânicos tendo os prussianos enquanto concorrentes. Entre todas as nações envolvidas, a França foi contundentemente afetada com a entrega de várias áreas coloniais para os ingleses. 

Com o fim do conflito, a Inglaterra saiu como grande vitoriosa, mas os custos gerados pela guerra enfraqueceram a sua economia. Dessa forma, a Coroa Inglesa decidiu impor diversos tributos para os colonos norte-americanos com o claro objetivo de ressarcir o prejuízo econômico produzido pela guerra. Entretanto, essa medida tencionou as relações com os colonos norte-americanos que, pouco tempo depois, lutaram pelo fim da dominação colonial britânica, dando início às Guerras de Independência dos EUA.